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Modificações no ambiente para a efetiva inclusão nas empresas

O Fisioterapeuta é profissional de primeiro contato que tem um olhar global sobre o ser humano e os movimentos que o corpo precisa para atingir sua plena funcionalidade.
Desde sua formação acadêmica a avaliação fisioterapêutica ultrapassa o modelo biomédico (aquilo que acontece da porta do consultório para dentro) e alcança o modelo biopsicossocial (aquilo que acontece também da porta do consultório para fora) moldando o diagnóstico fisioterapêutico robusto e completo sobre as condições do paciente. Sendo assim a avaliação fisioterapêutica serve como molde para o diagnóstico fisioterapêutico e é caracterizada por sua robustez e abrangência sobre as inúmeras condições que constituem um individuo
Nesse contexto, o Fisioterapeuta do Trabalho faz uso dos conhecimentos próprios da profissão voltados à saúde do trabalho. Logo, a partir das avaliações por ele feitas são capazes de promover adaptações do ambiente de trabalho para qualquer trabalhador. Essa atuação promove um trabalho, além de mais seguro, eficiente e confortável, mais inclusivo, minimizado as possíveis limitações daqueles que ali trabalham
A avaliação física funcional detalhada das estruturas e das funções (com ou sem deficiências) irá nortear o entendimento da limitação da capacidade, opinião dada pelo fisioterapeuta do trabalho, e das restrições de desempenho que é a opinião dada pelo próprio paciente quanto as suas condições em uma vida ativa e participativa.
Entretanto, quando a empresa realiza uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) , conforme as diretrizes da NR-17 , ela precisa compreender que além da opinião emitida pelo Fisioterapeuta do trabalho ela deve estar atenta as opiniões dos trabalhadores na construção das melhorais ergonômicas, independentemente deste possuir alguma deficiência ou não. Esta postura deve ser explorada pelo Fisioterapeuta do Trabalho por acreditar-se ser um comportamento intrínseco da profissão, afinal ser inclusivo é dever deste profissional.
Ao dar voz ao trabalhador é possível extrair todas as dificuldades daquele trabalho. Mas muito além de "dar voz" é preciso estar atento ao que está sendo dito para que seja possível implantar as diversas opções de melhorias sugeridas pelos próprios atores que estão inseridos no processo produtivo.
Se olharmos pelo prisma da pessoa com deficiência encontraremos diversas necessidades de adaptações para transpor barreiras, tais como as urbanísticas, as arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação, atitudinais, tecnológicas e tantas outras que excluem diferentes tipos deficiências do ambiente laboral.
Com isso, podemos concluir que talvez o primeiro desafio seja integrar as contribuições da Fisioterapia do trabalho nas empresas à "voz" de TODOS os trabalhadores que a compõe, com garantia de exposição sincera e permitindo a coparticipação em todas as fases do processo

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